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Elizabeth II, em 1953. |
É comum observar o tom de ironia de comentaristas e telespectadores de competições esportivas quando o famoso "God save the Queen" é entoado, graças ao fato de a versão reduzida destinada às competições repetir várias vezes a frase título - e essa ser, na verdade, a única parte que todos se lembram da canção. Embora nunca tenha sido declarada hino oficial do Reino Unido - onde outros países têm seus próprios hinos, como Escócia e Gales - ou da Inglaterra, a canção foi adotada por prática e costume e sua execução é opcional em eventos não-oficiais, sendo, no caso, executadas outras canções nacionais de igual valor.
O fato do hino nacional tratar apenas do monarca é motivo de estranheza para nós, desacostumados com o conceito de monarquia. O mesmo fato se repete nos Estados Unidos, que fazem piada com os ingleses, entre outros motivos, por sua adoração à Rainha. Nos falta o entendimento de que, para os monarquistas, o soberano não é apenas uma pessoa de carne e osso. Ao entoar os versos de seu hino, os ingleses - e boa parte dos súditos da Commonwealth Realms - não estão rezando pela saúde e longa vida apenas da senhorinha que usa uma coroa, vive num palácio e ganha 20 milhões de dólares ao ano para seu sustento e sua família (também conhecida como Sua Majestade Elizabeth II, pela Graça de Deus, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus outro Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth e Defensora da Fé), estão também exaltando tudo o que a Rainha representa. E o que ela representa? A monarquia.
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