domingo, 13 de setembro de 2009

Tecnologia x Desemprego

Todos nós já ouvimos aquela história de que o computador tira empregos, que a tecnologia torna o homem secundário nas atividades produtivas e que a expansão tecnológica trará conflitos trabalhistas e sociais no futuro. Bullshit.

Essa idéia absurda é disseminada por aqueles que têm medo da mudança, que têm visão curta e não vêem os inúmeros avanços possíveis através do desenvolvimento tecnológico. Existem, obviamente, efeitos colaterais - a bomba atômica e o sedentarismo, por exemplo - mas no fim os benefícios superam de longe os problemas.

A produção e a produtividade alcançadas através de novas tecnologias e ferramentas não tem precedentes. A informática entra na história da humanidade da mesma forma que a agricultura, há 10.000 anos atrás, marcando um ponto crítico da evolução da espécie. Nossa geração está assistindo à quebra de paradigmas iniciada na Revolução Industrial e o computador - como termo genérico - é o grande responsável por isso, assim como o vapor foi naquela época.

Viajei demais? Talvez. A questão é a seguinte: o desenvolvimento que assistimos nas últimas décadas não reduziu a criação de emprego.

A tecnologia gera desempregos setoriais, é claro! Entre 1985 e 2003, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), houve fechamento de 713.200 empregos na indústria de transformação, agricultura, construção civil e outros, mas no setor produtivo em geral 2.634.300 novos empregos foram gerados. Isso quer dizer que a evolução dos metódos produtivos torna certos setores econômicos menos dependentes da força de trabalho humana, mas em contrapartida abre oportunidades maiores em outros.

No mesmo intervalo de tempo, e ainda segundo o MTE, os setores de serviços e comércio geraram 3.125.800 novos postos, com destaque para 'serviços', responsável por quase 2 milhões deles.

A conclusão é que não passa de falácia a história de que caminhamos para um mundo onde o homem será secundário. E uma vez que computadores, ou qualquer outra inovação, são desenvolvidos por pessoas, não há possibilidade de que o ser humano se torne obsoleto, por assim dizer.

O desenvolvimento tecnológico é uma realidade e cabe a nós extrair dele o melhor que ele tem a nos oferecer. E, acima de tudo, nos prepararmos pras mudanças que isso acarreta. O futuro não nos reserva um mundo sem empregos para pessoas e sim um mundo onde as funções não exigirão de nós força física.

Resgatando um pouco a divagação filosófica anterior, o homem terá um papel mais humano nesse futuro próximo, a função de agente pensante. Sejamos então mais "sapiens" e deixemos o trabalho pras máquinas.

2 comentários:

Unknown disse...

Sou obrigada a discordar de uma coisinha nesse post...
N axo q "essa idéia absurda" seja disseminada por pessoas de "visão curta". N é esse o caso. Axo sim q as pessoas têm medo da mudança, mas n por causa de uma visão curta cm vc disse e sim pelo receio de n poderem se adaptar, e por isso perderem seu espaço no mercado de trabalho.

C o resto td eu concordo! hahah

Bju, te amo.

-Eternidade- disse...

Concordo em parte. Se 2.000 homens utilizam sua força física como ferramenta de trabalho, não serão serão necessários os mesmos 2.000 homens (caso esses se especializem)como cabeças pensantes para desenvolverem algum projeto que dinamize e modernize o trabalho executado anteriormente. Basta meia dúzia de especialistas. Teremos então um excedente de 1.994homens q foram substituídos pela tecnologia. A modernização gera um excedente de 'pessoas', independente de essas terem ou não algum tipo de especialização.